9 de jun. de 2012

Mathilha - Costas da Ralé

Recentemente o grupo Mathilha, de Monte Santo de Minas-MG, lançou seu novo single intitulado Costas da Ralé. Com instrumentos como Bateria, Violão, Contra-Baixo, Guitarra, Teclado, o grupo segue com seu estilo diferenciado e original, com temas que abordam a questão social no país, mantendo a essência do verdadeiro Rap Nacional. E é com muita satisfação que a Vanguarda do Rap Nacional disponibiliza para download este novo trabalho desse grupo tão talentoso que é o Mathilha. 


Costas da Ralé - Mathilha ( Letra )

Crianças imundas revelam a face do mundo 
Mostrando a mediocridade de um povo que segue cego e sem fé.
Longe do sufoco me afogo em água de coco, curtindo a sombra na praia
Por que o sol tá pra rachar Mané.
Corpos baratos vivem entre ratos, baratas e esperam ternos, gravatas 
Que agem financiando estas lágrimas.
E as mãos calejadas que têm a pele queimada, há 50 anos trabalham
Perecerão e se tornarão sátiras, apenas sátiras...

Eu vou nas costas da ralé..

Refrão:
Humanos, choram, sonham, sofrem / E pra viver quase morrem
Correm atrás da vida ou da morte, sei lá! / Se enchem pra se esvaziarem
Cansam-se pra descansarem / E talvez no fim eles queiram se odiar
Humanos juram, mentem, matam / Tanto bem quanto maltratam
Ralam por dinheiro, por prazer de gastar / Por um plano de saúde
Perdem a sua saúde / E esquecem o dom que têm de poder amar

Falsos profetas professam falsas promessas nos martelado sentenças 
E dizem que somos todos ateus
Capitalismo; vendem-nos o “Paraíso” e compram seus paraísos 
Usando até o santo nome de Deus.
Mundo hipócrita, somos tão idiotas, pisamos sempre na bosta 
Enquanto os “bostas” pisam sempre em nós
Manipulados, nós somos cães adestrados que por um osso ganhado 
Nos “aquetamos” e calamos a voz

Eu vou nas costas da ralé..

Refrão:
Humanos, choram, sonham, sofrem / E pra viver quase morrem
Correm atrás da vida ou da morte, sei lá! / Se enchem pra se esvaziarem
Cansam-se pra descansarem / E talvez no fim eles queiram se odiar
Humanos juram, mentem, matam / Tanto bem quanto maltratam
Ralam por dinheiro, por prazer de gastar / Por um plano de saúde
Perdem a sua saúde / E esquecem o dom que têm de poder amar

  
Eu venho lá de baixo, me fizeram palhaço
Olhe o meu sorriso e note se esboça alegria
Se for que seja falsa, porque o tom não realça 
Sou um quadro mal pintado registrando a anarquia
Quem quer rir de mim? Cadê, quem manda aqui? 
“Só sei que nada sei”, pois sou um bobo jogando confetes
Falta-me educação, talvez disposição 
Tai a explicação de que eu não passo de marionete.
Na realidade forjada e manipulada à ótica 
De um sistema vendendo a felicidade utópica
Pensa pra ver se não dão um jeito de te calar 
Lembra o Zumbi, o King, o X e mais uma pá?
Pra massificar, homogeneizar e explorar 
Impõem uma cultura descartável e que não faz pensar
Pare! E veja se não é alienação
Eu me sinto “O Cara” com o controle remoto na mão.
Levaram meu ouro, minha cultura, minha herança 
Em troca me educaram na mais pura ignorância
Cotaram a propaganda pra impor o hedonismo 
Escravizando a massa nesse tal capitalismo
Soldados do sistema com pastores alemães 
Não caçam mais judeus, mas sim os manos e as mães
Que oram por seus filhos e imploram por clemência
Que hoje pagam aquilo que um dia foi indulgência
Eles Têm planos pro poder e querem você no regime
Que você seja um alcoólatra, que mate por seu time
Que brigue com vizinho, seu mano e sua família
 E que promova a guerra, pois a guerra é lucrativa
Que ligue a TV e no sofá você se sente
E se levante apenas pra comprar o que a mídia vende
E nessa pirâmide você sabe qual que é? 
Que quem sustenta tudo “é nóis, mano”; a ralé.

Refrão





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